Visitar Viana do Castelo

No Alto Minho descobrimos um território onde a cultura está viva e não em expositores ou vitrinas, está presente nos castelos medievais, nas pontes romanas, nos santuários e igrejas e nas tradições e costumes que o tempo não apagou.

Viana do Castelo é uma das mais bonitas cidades do norte de Portugal. Um distrito bafejado pelo sorte de contar com deslumbrantes paisagens naturais de mar, serra e rios. 

Faz fronteira a norte e a leste com a Espanha, a sul com o distrito de Braga e a oeste com o oceano Atlântico. A sua participação nos Descobrimentos portugueses e, mais tarde, na pesca do bacalhau mostram a sua tradicional ligação ao mar. O distrito está literalmente entre rios, a sul o Lima e a norte o Minho servem de fronteiras naturais.

Faz parte da Região do Norte e da sub-região do Alto Minho. É constituída por 10 municípios: 

• Arcos de Valdevez

• Caminha

• Melgaço

• Monção

• Paredes de Coura

• Ponte da Barca

• Ponte de Lima

• Valença

• Viana do Castelo

• Vila Nova de Cerveira

Guia e Roteiro Visitar Viana do Castelo - Como chegar? Como Fazer?

Ponto de passagem para os peregrinos nos Caminhos de Santiago, dista 30 minutos de Espanha e de outras importantes cidades do norte de Portugal, Porto e Braga.

Neste roteiro deixamos de fora o Parque Nacional da Peneda Geres, podes ver o roteiro aqui -> Visitar Parque Nacional da Peneda Gerês e a Costa Verde, podes ver o roteiro aqui -> Visitar Praias de Portugal - Costa Verde. 

Podemos fazer os 3 roteiros de uma só vez e para tal são precisos 8 a 10 dias ou então por fases e no caso do Roteiro visitar Viana do Castelo são precisos 3 a 4 a contar com deslocações.

Visitar Ponte de Lima

Quando entramos no centro histórico nesta bela vila, andamos para trás no tempo. A fantástica ponte romana, do outros lado a Igreja da Torre Velha refletida no Rio Lima, o Largo de Camões, as ruas e ruelas empedradas, as casas e solares antigos com as suas majestosas janelas e a cereja no topo do bolo, a maravilhosa Avenida dos Plátanos. 

Nas duas margens do rio Lima (na margem direita está o general Decius Junius Brutus no seu cavalo e na margem esquerda os soldados), foi erguido no ano de 2009 um Monumento Evocativo da Lenda do Rio Lethes – o Rio do Esquecimento.

O que diz a Lenda:

Comandadas por Decius Junius Brutus, as hostes romanas atingiram a margem esquerda do Lima no ano 135 a.C..

A beleza do lugar as fez julgarem-se perante o lendário Rio Lethes, que apagava todas as lembranças da memória de quem o atravessasse. 

Os soldados negaram-se a atravessá-lo. Então, o comandante passou e, da outra margem, chamou a cada soldado pelo seu nome. Assim lhes provou não ser esse o Rio do Esquecimento.

Visitar Praia Fluvial dos Estorãos

Este local é conhecido pela sua beleza natural, onde o verde da vegetação densa se mistura com as águas cristalinas do rio Estorãos.

O cenário é dominado por uma ponte romana de três arcos, que atravessa o rio. Este testemunho histórico dá um toque nostálgico ao local. Ao lado, um antigo moinho de pedra, agora em desuso, complementa a paisagem, tornando-a ainda mais bucólica e digna de ser explorada. 

Visitar Passadiços da Ribeira de São João

Com uma extensão de cerca de 2km, os passadiços nas margens do Ribeiro de São João, são a mais recente atração da freguesia de Labruja, em Ponte de Lima. Ao longo do percurso encontramos 10 moinhos, sendo que três deles foram recuperados ao abrigo deste projeto.

Há também um Ecomuseu onde os visitantes encontram informação sobre a freguesia, os trilhos e os principais pontos de interesse e ainda podem alugar bicicletas para passeios. 

O acesso é simples e tem estacionamento disponível. Na nossa opinião o percurso está algo confuso e não é muito simples de perceber/seguir (os se calhar era dos 40º graus que se faziam sentir).

Visitar Praia Fluvial do Taboão - Paredes de Coura

Este lugar idílico permite desfrutar da paisagem que se estende dos marginais campos agrícolas até à aprazível praia fluvial, apreciando o bucolismo, a beleza, a poesia simples e calma. 

Rodeados de um magnífico ambiente, os que visitam esta praia podem ali passear, ao longo de um enorme manto verde, apreciando o canto dos pássaros e o suave correr das águas do rio Coura.

No Verão, a calma desta praia dá lugar a um frenesim de veraneantes que encontram na relva desta praia uma excelente alternativa às areias do mar. 

A agitação acontece também no mês de Agosto com o festival de Paredes de Coura, um dos mais antigos de Portugal.

Visitar Cascata da Grova

A Cascata da Grova situa-se a poucos metros das ruínas do antigo Convento de Nossa Senhora de Mosteiró. A seguir ao Parque de Merendas (não é possivel chegar à Cascata a partir deste local) vão encontrar uma entrada na estrada para um campo de tiro. A partir desse local é seguir as placas até à Cascata.

Visitar Cascata do Fojo - Lara

É simples chegar a esta cascata paradisíaca. Na aldeia de Lara existe um pequeno passadiço de madeira (aproximadamente 350metros) nos nos leva através de um bosque mágico, a conhecer este tesouro (até agora bem escondido).

Dispõe de um pequeno estacionamento e de parque de merendas mesmo junto à cascata.

Visitar Monção

Cidade fortificada na margem do Rio Minho, o seu nome suevo Orosion foi traduzido para latim como Mons Sanctus que evoluiu para o português Monção. Em 1291, o rei português D. Afonso III deu-lhe carta de foral e, em 1306, D. Dinis mandou construir o velho castelo defensivo, cujas muralhas ainda acolhem os visitantes.

Debruçada sobre o rio Minho, com os seus aprazíveis terraços e miradouros, ninguém diria que foi palco de ferozes combates travados noutros tempos entre os reinos de Portugal e Castela. E ainda menos que neles se distinguiram com bravura três mulheres: Deuladeu Martins, Mariana de Lencastre e Helena Peres. Hoje, a lembrança das antigas guerras é revivida na encantadora tradição popular da Festa da Coca, celebrada todos os anos na Quinta-feira, dia de Corpo de Deus.

As muralhas seiscentistas guardam o centro histórico, onde os monumentos da Igreja Matriz, da Igreja da Misericórdia e da Igreja de Santo António dos Capuchos têm lugar de destaque. No seu exterior, as Caldas de Monção complementam uma visita de cidade, com as suas águas terapêuticas.

Visitar Vila Nova da Cerveira

Esta intimamente ligada ao Rio Minho. No centro da vila o passeio ribeirinho estende-se nas margens do rio e do alto os seus miradouros oferecem-nos uma paisagem deslumbrante.

Miradouro do Cervo - Lenda do Cervo Rei

"Era uma vez … um cervo (veado), que liderava a sua manada – chamava-se Cervo Rei. O grupo andava há vários dias em fuga, acossados pelos caçadores que não lhes davam tréguas. A certa altura, atingiram o cume de um monte no Alto Minho com uma paisagem de cortar a respiração, com um magnifico rio e uma pequena ilha no meio – uma tal "Ilha dos Amores”. O ambiente era calmo, ficava longe do olhar dos caçadores, inspirava serenidade e confiança. Do cimo da montanha, poderiam antecipar qualquer investida humana e fugir atempadamente. Água e pastagem abundantes garantiam o seu sustento. Perceberam que era o local ideal para ficarem e por isso, batizaram-no como "Terras de Cervaria” ou seja, a terra dos cervos. Ao longo dos anos, inúmeros cervos juntaram-se a esta manada, não parando de crescer.

Convencido de que esta era a terra ideal para a sua manada, o destemido Cervo Rei declarou que nesta terra, quem mandava eram os cervos e não os homens, tal como acontecia no resto do mundo. E disse mais: para preservar a independência e integridade deste território, os cervos não iriam fugir mais. Antes, lutariam bravamente pela sua terra e enfrentariam que os quisesse perseguir. Os homens não poderiam entrar nestas terras. Os animais aclamaram em coro o Cervo Rei e juraram-lhe determinação e lealdade absoluta.

A notícia de que havia uma terra onde quem mandava era um veado e que os homens lá não podiam entrar pois era a terra dos veados, correu mundo.

E assim, o Cervo rei e a sua manada foram enfrentando todos os que quiseram tomar as "Terras de Cervaria” em diversas batalhas: romanos, bárbaros, celtas, mouros… Contudo, ao longo de todas estas batalhas, os cervos da manada foram perecendo um a um, excepto o Cervo Rei.

Certa manhã, um emissário trouxe a mensagem de um cavaleiro português que desafiou o Cervo Rei para uma luta. Se ganhasse, ficaria na posse das "Terras de Cervaria”. Mesmo sozinho – uma vez que toda a sua manada havia morrido nas várias batalhas pela conservação destas terras – o corajoso e determinado Cervo Rei, não hesitou e aceitou o duelo.

No dia e hora combinada deu-se o combate que foi renhido e sangrento. Todavia, o Cervo Rei venceu e assim, permaneceu sozinho nas "Terras de Cervaria”, onde nenhum animal ou homem podem entrar. Consta-se que o Cervo Rei teve uma longa vida…

Muitos, de visita a Cerveira, quando olham para o cimo do monte e vêm o vulto do cervo, escultura do mestre José Rodrigues, pensam que ele ainda lá está… há até quem diga que continua a vaguear pela Cervaria, porque é imortal."

Muito próximo do Cervo, encontramos o Miradouro do Espirito Santo, das ruínas da Capela do Espírito Santo apenas sobrou o pórtico de entrada, que enquadra de forma quase perfeita a Ilha dos Amores, bem no meio do Rio Minho e ambas as suas margens

Também conhecido como "Porta do Céu".

É possível estacionar no sopé do monte onde está localizado, mas depois é preciso subir uma ingreme escadaria até ao Miradouro.

Visitar Praia Fluvial das Azenhas - Vilar de Mouros

Envolvida por uma área natural de extrema beleza, a Praia fluvial das Azenhas situa-se em pleno Rio Coura, num local encantador, a que as Azenhas que lhe dão nome acrescentam uma nota pitoresca.

A praia, que fica também perto de uma ponte romana, está dotada de infraestruturas de apoio e oferece boas condições para a prática de desportos náuticos.

É aqui que acontece anualmente o mais antigo festival de música de Portugal, o Festival de Vilar de Mouros.

Visitar Caminha

Terra onde a serra e o rio se unem, onde o passado vai de mão dada ao presente e a obra humana equilibra e complementa a natureza. É serra, mar, tradição, boa comida e bebida e gentes trabalhadoras e hospitaleiras.

Percorrer o seu centro histórico é um passeio pelo passado com uma janela para o presente, a Torre do Relógio (antiga torre de menagem), os antigos Paços do Concelho, a quinhentista Igreja da Misericórdia, cujo interior guarda a imagem de Santa Rita de Cássia, e o palácio neo-manuelino da Casa Pita de um lado e o passeio ribeirinho, que acompanha o Coura e o Minho de outro.

Visitar Lagoa da Esturranha

Localizada na Serra D'Arga e alimentada pelo rio Âncora as águas da Lagoa da Esturranha são de um azul-turquesa que combina na perfeição com os tons de verde da vegetação do bosque em que está inserida. A cor da sua água tem tanto de belo como de incomum. Para lá chegar não é necessário caminhar vários quilómetros, fica mesmo ao lado da estrada N305, é só estacionar na berma (cuidado com as multas) e descer umas poucas centenas de metros.

Um paraíso ainda pouco conhecido e sem infra estruturas de apoio.

Visitar Cascata do Pincho

Seguindo pela N305 até chegar à aldeia de Amonde, depois seguir por uma estreita estrada calcetada uma estrada batida. A partir daí é seguir a pé o caminho até à cascata, são pouco mais de 300 metros.