Visitar Espanha | Galiza

A Galiza é uma comunidade autónoma de Espanha. Tem como capital, Santiago de Compostela. Situada no noroeste da Península Ibérica, ocupa uma parte do território histórico da antiga Galécia e do Reino da Galiza (409–1833). 

É formada pelas províncias da Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra. Geograficamente, limita a norte com o mar Cantábrico, ao sul com Portugal (Minho e Trás-os-Montes), a oeste com o oceano Atlântico e a leste com o Principado das Astúrias e Castela e Leão. À Galiza pertencem o arquipélago das ilhas Cies, o arquipélago de Ons e o arquipélago de Sálvora, assim como as ilhas de Cortegada, Arouça, as Sisargas ou as Malveiras.

As Rías Altas e Rías Baixas são duas divisões geográficas da costa da Galiza, que se diferenciam pela sua localização em relação a Finisterra e à Estaca de Bares. As Rías Altas, localizadas no mar Cantábrico a norte da Estaca de Bares, incluem rias como as de Ribadeo e Viveiro. As Rías Baixas, situadas na fachada atlântica a sul de Finisterra, são geralmente de maior dimensão e incluem as rias de Arousa, Pontevedra e Vigo. 

Breogán, também identificado como Brigo, é um personagem lendária da Galiza, que consta no ciclo mitológico celta. É descrito como o fundador da cidade de Brigantia (Brigâncio, atual Corunha) e o construtor de uma alta torre mítica, que é muitas vezes associada à famosa Torre de Hércules. Alguns também apontam Brigantia como a origem do nome da região de Bragança. 

Breogán é a personificação nacional da Galiza, sendo mencionado duas vezes no hino Os Pinos através de referências metafóricas à Galiza como o "Fogar" e a "Nação de Breogán".

A Galiza oferece-nos um dos maiores santuários do mundo, destino final dos Caminhos de Santiago. Fantásticas paisagens e maravilhosas praias no Mar Canábrico e no Oceano Atlântico, impressionantes alcantilados como os da Costa da Morte, idílicas ilhas, trilhos, cascatas e várias termas ao ar livre.

E tudo isto mesmo aqui ao lado, com tantos costumes e tradições em comum, uma história secular partilhada.

Guia e Roteiro Visitar Galiza - Como chegar? Como Fazer?

A proximidade torna a Galiza um destino de eleição para os Portugueses. Do Porto a Vigo são aproximadamente 150 km, de Bragança a Ourense 160 km. 

Logo podemos visitar a Galiza numa ou mais escapadinhas ou numa viagem mais prolongada de 5 ou 6 dias.

Visitar Tui

Cidade histórica que cresceu a partir da sua Catedral de Santa Maria de Tui e muralhas, sempre atenta ao vizinho do outro lado do Rio Minho. Por vezes amigos, outras inimigos mas sempre com uma história em comum.

Obrigatória a visita à Catedral e à torre (tarifa = 5€) que nos oferece uma vista magnifica sobre a cidade e um passeio nas ruas estreitas e medievais do "casco antiguo".

Visitar Santa Tecla

O Castro de Santa Tecra, situado em A Guarda a 341 metros de altitude, chegou a ter cerca de 5.000 habitantes durante a sua época de maior esplendor, o século I a.C., e era uma das maiores do noroeste peninsular. É formada por casas ovaladas na sua maior parte, mas também as há retangulares, com esquinas arredondadas, por influência dos romanos. Ainda que pareça uma povoação caótica, existe uma ordem lógica em torno de “unidades familiares”, assim como os petróglifos que se encontram fora e dentro do recinto. Os seus moradores tinham uma economia autónoma e também elaboravam cerâmicas, joias, tecidos e instrumentos que podeis ver no museu arqueológico da aldeia.

A paisagem é deslumbrante, de um lado Portugal, do outro, Espanha e o poderoso Oceano Atlântico num horizonte a perder de vista.

Visitar A Guarda

A pequena vila piscatória oferece-nos um triplete de paisagens, o Oceano Atlântico, o Rio Minho e as montanhas de Santa Tecla. 

O mural A Guarda escrita nas estrelas é o postal da vila.

Visitar Praia dos Cristais do Silleiro

A Praia dos Cristais em Baiona é chamada assim porque grande parte do seu solo é composto por cristais, que provêm de um antigo aterro localizado nesta área. O efeito do mar sobre os numerosos cristais que lá existiam fez com que esta praia tivesse esta aparência.

Está situada aos pés do antigo Farol de Silleiro e, a partir dela, pode-se admirar o vasto mar Atlântico. Em dias de sol e quando a maré está baixa, o reflexo do sol sobre os cristais ainda húmidos faz com que o efeito dos cristais nesta praia seja ainda mais notável.

Visitar Baiona

Foi no porto de Baiona que aportou a Caravela Pinta (tarifa = 2€), no dia 1 de Março de 1493, com as boas novas da descoberta do Novo Mundo por Cristóvão Colombo. 

Percorrer as ruas do centro histórico medieval, a fantástica marina e as praias de águas cristalinas, ir ao castelo de Monterreal e visitar a réplica da caravela Pinta são os locais de vista obrigatória.

Visitar Vigo

A maior cidade da Galiza. Embora tenha um ar meio industrial, Vigo tem algumas surpresas para os visitantes, tais como o Parque do Monte do Castro e o Casco Vello da cidade.

Visitar Islas Cies

O maior tesouro da costa da Galiza e também o mais procurado. Como as visitas às Ilhas Cíes estão limitadas a apenas 2200 visitantes por dia é necessária uma autorização (entre 15 de Maio e 15 de Setembro), que pode ser solicitada com 90 dias de antecedência. 

Autorizações Ilhas Cíes 

Só depois de obter a autorização se consegue comprar os bilhetes de barco. Existem várias companhias a efetuar a deslocação e vários locais de embarque (Baiona, Vigo, Cangas ou Sanxenxo).

Chegados ao paraíso, é aproveitar. Para alguns  os banhos de sol são a maior tentação, para outros, não há nada como explorar as ilhas e as suas várias praias. São 4 os principais trilhos que percorrem a ilha, Rota do Monte Faro (3,7 km lineares), Rota do Farol da Porta (2,6 km lineares), Rota do alto do Príncipe (1,5 km lineares) e Rota do Monteagudo (2,6 km lineares).

Existem alguns restaurantes na ilha mas o melhor é ir preparado. Para pernoitar a única solução é o parque de campismo.

Visitar Castelo de Soutomaior

O castelo de Soutomaior fica no vale do rio Verdugo, a poucos quilômetros da cidade de Pontevedra. Metade fortaleza medieval, metade palácio neogótico do século XIX, o conjunto é composto por duas torres unidas por um edifício residencial e um pátio de armas rodeado por uma dupla muralha. Desde suas origens, no século XII, diferentes reconstruções e reabilitações ao longo do tempo foram transformando a sua arquitetura.

No exterior um fantástico jardim de 25 hectares, que é considerado o parque botânico mais importante da Galícia. 

Visitar Pontevedra

Capital da região turística das Rías Baixas. Assenta numa colina rochosa a poucos metros acima do nível do mar, na margem esquerda do rio Lérez antes deste desembocar na Ría de Pontevedra.

Importante local de passagem do Caminho de Santiago, o seu centro histórico merece uma visita pormenorizada. A partir da Ponte do Burgo, embrenhamo-nos nas ruas, vielas, alamedas ou praças medievais, exclusivamente pedonais (Pontevedra foi uma das primeiras cidades a abolir os carros do seu centro histórico), com uma atmosfera única, onde o chilrear dos pássaros se mistura com animação dos bares e esplanadas. As Ruínas da Igreja de Santo Domingo e a Real Basílica de Santa María a Maior (séc. XVI) são locais de visita obrigatória.

Pontevedra ou a "Boa Vila" é conhecida como a cidade que “dá de beber a quen passa”, uma vez que os seus habitantes se orgulham da sua fama de hospitalidade, principalmente para com os peregrinos do Caminho de Santiago.

Visitar Santiago de Compostela

O centro histórico da capital da Galiza é um museu ao ar livre. Os estilos românico, gótico e barroco entrecruzam-se em dezenas de igrejas, conventos e palácios. 

A história de Santiago de Compostela é iniciada com o apóstolo Tiago Maior, um dos discípulos de Jesus, que foi martirizado em Jerusalém no ano 44 d.C. Segundo a tradição, o seu corpo foi levado clandestinamente para a Galiza, onde foi enterrado e esquecido até que um eremita encontrou a sua sepultura em 813, no que hoje é o local da cidade. A descoberta levou à construção de uma igreja, que mais tarde se tornou a catedral, e ao início das peregrinações através do famoso Caminho de Santiago. 

Visitar Finisterra

Diz-se que Finisterra é o "fim do mundo" porque os romanos acreditavam ser o ponto mais ocidental da Terra, o último pedaço de terra conhecido antes do oceano, como indica a palavra latina finis terrae. Para muitos, a peregrinação até lá após Santiago de Compostela simbolizava o fim da jornada e um novo recomeço. 

Após a descoberta dos restos mortais do Apóstolo Santiago e com o iniciar da tradição de fazer “o Caminho”, muitos peregrinos começaram a percorrer uma última etapa: a de Santiago de Compostela a Finisterra, com o objetivo de acompanhar a viagem do sol e o itinerário celeste da Via Láctea.

Chegados ao lugar que se acreditava ser o mais ocidental da Europa, os peregrinos podiam apreciar o horizonte infinito, numa experiência final de plenitude. 

Visitar Costa da Morte

O nome "Costa da Morte" deve-se ao facto trágico de centenas de naufrágios de barcos que ocorreram nos seus baixios pedregosos, resultando em muitas mortes. Esta costa, localizada no noroeste da Galiza, tornou-se um local de lendas sobre naufrágios devido à sua reputação perigosa para a navegação. 

Segundo uma das lendas, o mar revolto e a sua delimitação escarpada eram aproveitadas pelos “piratas de terra” de séculos passados, para provocar naufrágios e assim poder pilhar os barcos.

Penduravam candeias nos cornos dos bois e soltavam-nos à noite no cimo das falésias: os marinheiros pensavam que se tratava de uma aldeia com porto onde pudessem atracar e aproximavam-se, mas embatiam nas rochas.

Finisterra, Muxia, Laxe, Malpica e Arteixo são algumas das mais emblemáticas localidades da Costa da Morte.

Visitar A Corunha

Um passeio marítimo que rodeia a cidade quase por completo e acompanha as suas magnificas praias, um apaixonante centro histórico e a Torre de Hercules, o mais antigo farol romano em funcionamento. Um delicioso menu para conhecermos a capital das Rias Altas - "A cidade do Vidro".

Visitar Lugo

Construída à beira do rio Minho, a cidade de Lugo conserva importantes marcas de seu passado romano, entre elas sua muralha milenar, que foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Percorrer os 2,3 km permite uma visão privilegiada do centro histórico da cidade.

Visitar Canon de Sil/Ribeira Sacra

A erosão provocada pelo Rio Sil escavou um túnel natural que o leva até se juntar ao Rio Minho em Peares. No troço final do Sil e ao longo de aproximadamente 35 km, erguem-se em ambas as margens paredes que chegam a atingir 500 metros de altura.

As várias barragens ao longo do Desfiladeiro, permite às águas do Sil descer tranquilamente e garantir a sua navegabilidade. Esta é uma das melhores formas de conhecer o Desfiladeiro do Sil, embarcar num dos vários catamarãs que percorrem as suas águas.

A outra é percorrer o vários miradouros existentes:

• Mirador Cividade

• Mirador Pena de Matacas

• Balcones de Madrid

• Mirador do Castro

• Mirador Cabezoas

• Mirador Columna

• Mirador de Vilouxe

Visitar Ourense

Embora longe do mar, Ourense é a cidade da água. O Rio Minho e as águas termais são o ouro de Ourense. Existem vários lugares, nas margens do rio, onde se pode provar as suas propriedades terapêuticas ao ar livre (Outariz e Canedo e Chavasqueira).

A Ciudad Vieja conserva alguns de seus mais importantes monumentos, entre os quais se destaca a Catedral.

Visitar Fogar de Breogan (Lalin)

Fomos propositadamente a Lalin para conhecer o Fogar de Breogan (restaurante e alojamento) e é uma delicia. Um lugar mágico que nos leva ao universo de O Senhor dos Anéis e ao seus hobbits.

Visitar Carballino

O Carballiño é um município que se encontra no ponto noroeste da província de Ourense, atravessado pela bacia do rio Arenteiro.

A área, habitada desde tempos neolíticos, foi durante a Idade Média o assentamento da ordem monástica do Císter, em Oseira, quando começou o desenvolvimento econômico da comarca.

As águas termais, conhecidas desde épocas romanas, têm suas duas referências principais nas Caldas de Partovia e o Grande Balneário. Por sua vez, o rio Arenteiro concentra grandes áreas de lazer, como as praias fluviais do Cuco, o Estabelecimento de piscicultura ou o Parque Municipal.

Autêntico símbolo da localidade, o Templo da Veracruz, obra do arquiteto Antonio Palacios, é um belíssimo exemplo de arquitetura contemporânea. Nele é possível apreciar a harmônica fusão de traças bizantinas, pré-românicas, românicas e góticas.