Portugal é famoso pela sua costa e praias paradisíacas que percorrem o país de norte a sul e os dois arquipélagos.
A costa portuguesa é extensa: tem 943 km em Portugal continental, 667 km nos Açores, 250 km na Madeira onde incluem também as Ilhas Desertas, as Ilhas Selvagens e a Ilha de Porto Santo. A costa portuguesa tem belas praias, com variedade entre falésias e areais.
Podemos dividir a zona costeira por várias regiões:
- Costa Algarvia (Sotavento e Barlavento);
- Costa Vicentina;
- Sudoeste Alentejano;
- Costa Azul;
- Costa de Lisboa;
- Costa de Prata;
- Costa Verde.
Locais e conteúdos - Guia e Roteiro Visitar Costa Verde:
A Costa Verde de Portugal é o nome dado à região costeira que engloba todo o litoral setentrional do país, desde a foz do rio Minho em Caminha até à foz do rio Douro na cidade do Porto indo ainda até à barrinha de Esmoriz, em Espinho.
O nome da costa provém da cor predominante da densa vegetação da região, verde graças à abundante precipitação.
A Autoestrada A1 é o principal acesso ao grande Porto vindo do sul, da Invicta até Caminha a Estrada Nacional 13 faz todo o percurso costeiro, atravessando as principais localidades da Costa Verde.
Extenso areal com inicio no pontão da Baía de Espinho e no Casino Solverde. Dotado de excententes apoios como bares e restaurantes, é muito procurada para a pratica de surf.
Muito concorrida e com boas infraestruturas de apoio, a praia é anualmente palco de uma grande Romaria em honra do Senhor da Pedra, que tem início no Domingo da Santíssima Trindade (festa móvel celebrada em junho) e se prolonga por três dias.
A Capela do Senhor da Pedra, de planta hexagonal, erigida sobre rochedos, destaca-se no meio do areal enorme e dá o nome a esta praia, situada no extremo norte da Praia de Miramar.
Foi erguida sobre um rochedo junto ao mar em 17 de Junho de 1763.
Acredita-se que a origem do culto na Capela do Senhor da Pedra possa ter origem em um antigo culto pagão, de carácter naturalista, dos povos pré-cristãos, cujas divindades eram veneradas em plena natureza, tendo posteriormente sido convertido ao Cristianismo.
Praia na foz do rio Douro que apresenta uma língua de areia que se estende sobre o mar. Está situada num istmo de areia, sendo uma parte fluvial e outra marítima.
Zona em que o Douro encontra o Oceano. Do Farolim de Felgueiras até ao Castelo do Queijo, junto à Praia de Matosinhos são aproximadamente 3 km junto ao mar. A Pergola da Foz, as diversas praias como a do Carneiro, dos Ingleses e a do Homem do Leme e o Forte de São Francisco são as principais atrações destes passeio à beira mar.
Aqui podemos encontrar uma piscina de água salgada, muito bem integrada na paisagem, a Piscina das Marés, projetada pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira e construída entre 1961 e 1966.
Em 2006 foi classificada como Monumento Nacional.
Funciona durante a época balnear das 09H às 19H e os valores variam entre os 4,5€ e os 10€.
Na praia do Miradouro (ou do Turismo) encontra-se uma verdadeira varanda para o mar. O Miradouro do Atlântico.
Antes da praia uma paragem no fantástico Mosteiro e Aqueduto de Santa Clara.
O Aqueduto de Santa Clara estende-se entre Terroso, na Póvoa de Varzim, e o Convento de Santa Clara em Vila do Conde, no distrito do Porto, em Portugal.
Foi erguido no século XVIII, entre os anos de 1705 e 1714, por iniciativa da Abadessa D. Bárbara Micaela de Ataíde.
Trata-se de um aqueduto em estilo românico, em aparelho de pedra. Primitivamente possuía 999 arcos, alguns dos quais, nos dias de hoje, se encontram destruídos. É considerado o aqueduto com maior número de arcos do mundo.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910. A versão espanhola da revista National Geographic considerou o aqueduto de Santa Clara o 3.º mais belo aqueduto do mundo, apenas atrás do Aqueduto de Pont du Gard em França e do Aqueduto de Kamares, em Lárnaca, Chipre.
O Convento de Santa Clara localiza-se na cidade de Vila do Conde, distrito do Porto, em Portugal. Foi um convento feminino instituído em 1318 e extinto no século XIX. Do antigo conjunto, restam-nos a magnífica igreja em estilo gótico e parte do edifício conventual, reedificada parcialmente no século XVIII.
Guia e Roteiro Visitar Costa Verde - Visitar Vila do Conde
A Lenda da Berengária
Conta-se que, a certa altura da história do Convento de Santa Clara de Vila do Conde, havia bastante relaxamento na vida religiosa das monjas. Orgulhosas, recusavam os trabalhos, davam-se a falatórios inconvenientes e eram pouco zelosas em acorrer à reza nas horas canónicas.
Havia, entretanto, uma excepção: a irmã Berengária. Humilde, cumpridora, imitava os melhores exemplos das passadas Clarissas, não se furtando às tarefas mais humildes, que executava com alegria e sentido fraterno.
Aconteceu que nesse período, a abadessa faleceu e foi preciso eleger a sucessora. Havia muitas interessadas no cargo, que dava autoridade e visibilidade social. Quem não pensava nisso era sem dúvida a solícita Berengária.
Na hora da eleição, cada uma das eleitoras, para que as amigas não acedessem ao abadessado, votou do modo que menos pudesse prestar – na Berengária – pensando assim protelar a decisão, ao entregar o voto a uma incapaz.
Mas, quando a irmã Berengária verificou que tinha sido eleita segundo todas as regras, decidiu aceitar o cargo. Não o tinha pedido, mas não o recusava.
As demais monjas mofavam e recusavam-se a obedecer-lhe, afirmando que a votação não fora a sério.
Perante a rebeldia manifesta, a nova abadessa foi firme e ousada: ordenou que as suas antecessoras, que ali jaziam sepultadas, viessem prestar-lhe a homenagem de obediência que as freiras vivas recusavam. Eis então que as antigas abadessas se ergueram das sepulturas e ali se mostraram em atitude respeitosa.
O resultado não podia ser outro: as monjas arrependeram-se da sua soberba e acataram a autoridade da nova abadessa.
A Abadessa Berengária é efectivamente uma figura histórica, tendo estado à frente do convento de 1384 a 1406. Embora o milagre que lhe é atribuído seja uma lenda, a narrativa é de cunho edificante, ao valorizar virtudes indispensáveis à vida em comunidade, como a dedicação ao trabalho, a oração e, sobretudo, a obediência.
Esta praia ganhou fama pelos elevados níveis de iodo registados, substância com efeitos benéficos para o organismo, tendo sido considerada uma das nove praias portuguesas com mais iodo. Mas a imagem de marca desta praia são os moinhos de Apúlia, construídos em cima do cordão dunar para evitar que a areia se movesse, e a sua posição foi cuidadosamente escolhida para aproveitar os ventos do mar.
Além da sua importância como centro de moagem de cereais (principalmente milho), eles também desempenharam um papel fundamental na proteção das dunas da região.
Abandonados com o passar dos anos, foram recuperados para alojamento local.
A sul da foz do Rio Cávado, integrada na Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende, a Praia de Ofir, rodeada por dunas e pinhais, é um dos mais belos trechos do litoral norte de Portugal. Uma curiosidade natural são os rochedos que na maré baixa emergem no mar e que pelo seu formato são popularmente designados por cavalos de Fão.
Situada na margem sul da foz do Rio Lima, de areia fina e rodeada de dunas e de pinhal, a Praia do Cabedelo é uma baía em forma de meia-lua que apresenta um areal extenso e aberto, com condições extraordinárias para a prática de desportos náuticos.
No alto podemos avistar o Monte de Santa Luzia e o Santuário do sagrado Coração de Jesus.
Também conhecida por Praia do Porto, é uma Praia abrigada e calma. Com dunas, areia fina, colinas e águas translúcidas, que permitem ver as diversas rochas existentes no mar.
Ali ao lado existem grandes campos de girassóis que dão uma imagem sui generis a esta praia.
Situados na colina de Montedor, em Carreço, no concelho de Viana do Castelo, estes dois moinhos de vento, juntamente com o "Moinho do Petisco", são parte integrante do "Núcleo Museológico «Moinhos de Montedor»".
Neste conjunto arquitetónico constituído pelo "Moinho do Marinheiro" e "Moinho de Cima", edificados durante o século XIX, destaque para o primeiro que se pensa ser o único exemplar de velas trapezoidais de madeira, atualmente em funcionamento em Portugal.
O "Moinho de Cima", com velas de pano, funciona no seu interior um centro de interpretação com informações sobre os moinhos.
Guia e Roteiro Visitar Costa Verde - Visitar Moinhos de Montedor
A infraestrutura, que construída em poucos dias, incluiu um coração vermelho atravessado por uma seta a envolver o banco onde pode baloiçar. As vigas de metal que o suportam estão parcialmente cobertas por folhas artificiais, o que acaba por fazer com que o baloiço não fique deslocado do meio rodeante. No topo da construção, está escrita a palavra que resume perfeitamente a novidade: amor.
A vista para a vila e praia é fantástica.
Guia e Roteiro Visitar Costa Verde - Visitar Vila Praia de Ancora
Numa zona de grande beleza natural, rodeada pela Mata do Camarido, esta é uma praia um pouco ventosa, banhada pelo mar de ondulação forte, com boas condições para a prática de surf e mesmo de windsurf durante o verão.
Em frente à Praia de Moledo, na pequena ilha rochosa a que se acede por barco, destaca-se o Forte da Ínsua, construído no séc. XV para convento, tendo no século XVII e XVIII sido alvo de obras que o transformaram num baluarte de defesa da costa.
Ao fundo a paisagem é marcado pelo Monte de Santa Trega já em terras espanholas.
Nota: De referir que este Guia e Roteiro Visitar Costa Verde (como os outros) pretende ser apenas um guideline e não para ser obrigatoriamente cumprido à risca. Cada visitante pode acrescentar ou retirar locais, fazer em mais ou menos dias. Numa escapadinha de um ou vários dias. E, claro, estamos disponíveis para ouvir conselhos e dicas para melhorarmos os nossos roteiros!