Sete municípios (Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra) uniram esforços para promover as "Montanhas Mágicas", região que abrange as serras da Freita, Arada, Arestal e Montemuro, onde paisagens rochosas se juntam a bosques verdejantes atravessados por rios, numa fantástica composição natural, e de atributos arqueológicos notáveis.
Ficam no centro/norte de Portugal Continental, entre os rios Douro e Vouga. Encontram-se distribuídas por uma área de praticamente 1700 km2 – o que, por exemplo, equivale a duas vezes a área do arquipélago da Madeira.
Locais e conteúdos - Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas:
As Montanhas Mágica estendem-se por uma vasta região, entre Aveiro e Viseu. A 100 km do Porto e a 300 km de Lisboa, o principal acesso é a Auto Estrada A1 e a Auto Estrada A25 (antiga IP5).
Este roteiro vai ter uma fase para cada uma das Montanhas Mágicas:
- Serra de Montemuro;
- Serra da Arada e de São Macário;
- Serra da Freita;
- Serra do Arestal.
É a oitava maior elevação de Portugal Continental, com um pico máximo de 1382 metros de altitude. Situa-se nos concelhos de Arouca (distrito de Aveiro), Cinfães, Resende, Castro Daire e Lamego (distrito de Viseu) e entre as regiões do Douro Litoral e da Beira Alta.
A altitude média é de 838 metros. Está compreendida entre o rio Douro, a Norte e o rio Paiva, a sul. O ponto mais alto da serra é denominado por Talegre ou Talefe.
Entramos nas Montanhas Mágicas pela EN2, no Mezio em direção à aldeia de Lamelas para realizarmos o PR8 CDR Trilho da Pombeira. Um trilho circular com cerca de 10 km que nos leva ao Baloiço do Cavaleiro, Coração da Pombeira ou à Cascata da Pombeira. Em alternativa ao trilho é possível ir de carro até próximo do Baloiço e fazer a pé apenas o pequeno percurso até à cascata.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Baloiço da Pombeira
De seguida vamos à aldeia da Gralheira, pequena localidade onde a praia fluvial faz a delicia dos turistas. Logo ao lado a Ponte da Panchorra, a ponte romana sobre o rio Cabrum merece um destaque neste roteiro. Dispõe igualmente de um agradável parque de merendas.
Ali perto, a Ponte da Lagariça e o parque fluvial são também local de paragem obrigatória.
Na Nespereira, Cinfães (a EN222 tem roteiro próprio), o Parque de Nossa Senhora de Lurdes é um pequeno paraíso cheio de pequenas maravilhas. Uma réplica da Gruta de Nossa Senhora de Lurdes (Massabielle, França), os Baloiços dos Peixes e dos Anjos, a Cascata do Purgatório, um moinho de água recuperado, uma parede de escalada, uma ponte antiga, um trilho pedonal, com pedaços de passadiços e escadarias em madeira, várias fontes: da Purificação, das Lágrimas, da Luz e da Gruta, um patamar com o apelativo nome "Amizade", o Poço do Inferno e o Lavadouro das Almas.
Deixamos para trás os Passadiços de Paiva, que foram alvo de outra visita e tem um roteiro próprio, seguimos em direção do Baloiço da Malhada, o acesso é fácil e a vista deslumbrante.
A estrada que nos leva a Marcelim (CM1032) é também ela deslumbrante. O Observatório da Natureza de Marcelim, a cerca de 800 metros de altitude, tem uma vista absolutamente extraordinária, das encostas do Montemuro e das bacias dos rios Douro e Bestança.
Um pouco antes de Marcelim, uma paragem na Cascata de Barrondes, inserida no Parque Fluvial, para depois seguirmos na ER321, com vista privilegiada para os Socalcos de Bustelo, até à Eira da Lage.
Para finalizar as Portas de Montemuro, local com vistas deslumbrantes (acima dos 1200 metros de altitude) onde se encontram vestígios de antigas muralhas.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Sugestões de restaurantes:
Restaurante Típico do Mezio
A Serra da Arada é uma elevação com 1120 metros de altitude, cota esta obtida no Alto das minas de chãs. Localiza-se, em Aveiro. Noroeste da localidade de São Pedro do Sul, de onde está a cerca e 10 quilómetros de distância e em cujo concelho se situa maioritariamente fazendo ainda parte do concelho de Arouca.
O Poço Azul é a primeira paragem na rota dos poços de São Pedro do Sul. A partir de Carvalhais seguir pela N227 em direcção a Santa Cruz da Trapa até encontrar uma placa indicativa do poço à direita. Estacionar o carro, junto a um pequeno bar de apoio, perto da rampa na qual só se podia ir a pé e iniciar a descida. Lá em baixo vários quedas de água (bem fria) e amplos lagos que convidam a um mergulho. Existe um parque de merendas onde pudemos recarregar baterias para o próximo destino.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Poço Azul
Regressamos à N227, e no caminho para o Poço Negro encontramos o Baloiço de São Pedro do Sul.
Após passar por Pedreira virar à direita (existem indicações para o Poço Negro) e seguir até Sernadinha onde se encontra novamente indicações. A estrada que desce até perto do Poço Negro ao início parece bem alcatroada mas passados alguns metros torna-se estreita e em terra batida. Chegados a um pequeno parque térreo junto a um portão estacionar e continuar a pé a descida até chegar a um parque de merendas. Caso se siga pela direita chega-se à barragem, no entanto, o Poço é mais abaixo seguindo por um trilho à esquerda das mesas do parque. Seguir o trilho até um enorme lago de água transparente e uma bela cascata a completar a paisagem.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Poço Negro
Completamos esta trilogia de poços, com o Poço da Barreira, em Manhouce. Alimentado pelas águas da ribeira da Vessa. Para além de ter uma bela cascata, possuí uma soberba piscina natural, rodeada de viçosa vegetação. Junto à ponte sobre o rio Teixeira, vai encontrar uma placa com a sinalização para o Poço da Barreira.
O dia acaba no Baloiço da Serra da Arada com deslumbrantes vistas para a serra.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Serra da Arada
No Maciço da Gralheira, encontra-se o Portal do Inferno, um miradouro situado em plena Serra da Arada, a cerca de 1000 metros de altitude.
É uma espécie de abismo, onde a Estrada Municipal 567 se estreita, ao passar por duas vertentes íngremes, compostas por rochas metamórficas, que oferecem uma paisagem escarpada.
Elevando-se entre dois pequenos riachos, um afluente da Ribeira de Covas do Monte, a Este, e outro afluente da Ribeira de Palhais, a Oeste, este local sempre foi considerado íngreme e assustador, a começar pelo próprio nome. É um sítio envolvido em mistério, provocador de angústia e vertigens. Segundo a lenda, acredita-se que o diabo andou por lá, atemorizando todos os que por ali passavam, o que nos dá a ideia de, a partir daí, descermos às entranhas do inferno.
Este geossítio é um local com vistas panorâmicas surpreendentes. Daqui se pode avistar a “Garra”, uma forma de relevo entrecortada por diversas linhas de água, mais ou menos profundas, que faz lembrar a separação dos dedos de uma garra de uma ave de rapina. Aliás, parece um alinhamento de dedos saídos da pedra (possivelmente a mão do diabo). Podemos admirar dois vales gémeos, um para sudoeste, outro para nordeste, separados, precisamente, por esta montanha.
A melhor estação para observar a “Garra” é a primavera, já que a serra se encontra matizada de lilás e amarelo, as cores da urze, da carqueja e do tojo. A paisagem é sublime.
O Portal do Inferno e da Garra é um local de extrema beleza, mas também muito perigoso, pela pouca largura da estrada. Assim, aconselha-se estacionar o carro um pouco mais longe e fazer uma breve caminhada até ao local.
As Minas de Regoufe é a próxima paragem, minas abandonas onde o volfrâmio era o principal minério extraído. Também conhecido como tungsténio a sua exploração intensiva foi conhecida em meados do século passado como a Febre do Ouro Negro. Atividade que teve o auge da sua exploração durante a II Guerra Mundial.
Aqui é também o ponto de partida para o trilho que nos leva a Drave. A aldeia mágica que está desabitada desde 2009 e só é acessível a pé.
A magia não está só na aldeia, todo o percurso (linear de 4 km) é maravilhoso. O inicio é bem puxado (subida ingreme com muita pedra solta) mas ao chegar ao topo a vista é de cortar a respiração. Ao longe o casario de xisto está quase que camuflado na montanha e aguarda eternamente pela chegada dos visitantes.
Explorar as ruelas antigas é uma delicia para os sentimentos e a criatividade anda à solta ao imaginarmos os velhos habitantes, agricultores e pastores, nas suas rotinas simples e desapegadas de luxo e bens materiais.
A Ribeira de Palhais é um oásis perfeito, onde um mergulho e um picnic são obrigatórios.
O som das quedas de água, o ar puro, o chilrear dos pássaros ou o bater do vento na vegetação são como um feitiço que nos faz apaixonar por Drave. Este será um dos motivos pelo qual esta aldeia abandonada é apelidada de mágica.
Não queremos ir embora, porque o regresso é difícil e o calor é muito grande (estavam temperaturas acima dos 40º) mas principalmente porque a pequena aldeia nos recebe num abraço carinhoso e nos oferece um paraíso a que é difícil voltar as costas.
O regresso é obrigatório, até sempre Aldeia Mágica de Drave!
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Drave
Já na Serra de São Macário, a Pena é uma aldeia de xisto constituída por 10 casas e 6 habitantes. Aninhada no fundo do vale, a aldeia confunde-se com a Natureza que a envolve num cenário de sonho. Junto a uma ribeira de água cristalina, à entrada da aldeia, fica a Adega Típica Pena, também ela toda de xisto, de resto, aliás, como toda a povoação. Até o tampo das mesas é de xisto.
Foi uma das vencedoras das 7 Maravalhas de Portugal - Aldeias.
Os carros não entram na aldeia.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Pena
Logo ao lado, acabamos mais uma vez o dia a baloiçar, no Baloiço de São Macário.
Erguendo-se como um gigante sobre a vila de Arouca, a Freita estende o seu manto verde por terras de Arouca, São Pedro do Sul e Vale de Cambra.
A primeira paragem é no Baloiço de Moldes, o acesso é de dificuldade média mas é possivel levar o carro até próximo do baloiço, daqui consegue-se avistar Arouca.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Baloiço de Moldes
A Panorâmica do Detrelo da Malhada, é um miradouro, com vistas imperdíveis, desde a serra até ao mar.
Fica situado a 1099 metros de altitude, na freguesia de Moldes, em pleno coração da Serra da Freita. Oferece aos visitantes paisagens fantásticas e cheias de contrastes, permitindo alcançar o vale de Arouca, as elevações do Gamarão, o vale do Paiva, a Serra de Montemuro, o encaixe do vale do Douro e serras desde Valongo até ao Gerês.
A Oeste, é possível alcançar o Oceano Atlântico e a região litoral entre Espinho e o Porto e, a Oriente, a vista estende-se desde o Côto do Boi, até às serras da Arada, do São Macário e do Marão.
O miradouro, apesar da sua amplitude visual, não oferece uma vista de 360 graus, rondando, apenas, os 180 graus. Todavia, esta plataforma suspensa foi pensada e construída de forma a poder levar o visitante a viajar” por vales, por serras, por rios e pelo mar.
A paisagem que a vista alcança a partir do Marco Geodésico de São Pedro Velho é imponente. Um olhar para Norte permite observar o majestoso vale de Arouca, as elevações do Gamarão, o vale do Paiva, a serra de Montemuro, o vale do Douro e as demais serranias a norte deste rio, como as de Valongo e as minhotas até ao Gerês. Rodando o olhar, na direção Sul, o vale do Vouga, a serra do Caramulo, o vale do Mondego e a serra da Estrela. E quando parece que a vista já alcançou tudo, há ainda na direção ocidental uma franja de mar, que se estende aproximadamente desde a Póvoa de Varzim até à serra da Boa Viagem (Figueira da Foz), com particular destaque para os braços da ria de Aveiro.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Serra da Freita
Na Frecha da Mizarela o rio Caima despenha-se a mais de 60 metros de altura (a mais alta de Portugal continental). A primeira queda de água é comprida, a pique, depois, desdobra-se em quedas mais pequenas. O som ecoa no vale profundo. Do miradouro de Mizarela não se consegue ver o final da queda de água. A vegetação densa e a forma como o vale é encaixado esconde o leito o rio.
Aqui começa o trilho PR7 - Nas escarpas da Mizarela. Percurso de 8 km lineares que nos leva a umas fantásticas piscinas naturais e onde temos uma vista privilegiada da cascata.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Frecha da Mizarela
Inaugurados em 2015 e, infelizmente, vitimas de vários incêndios que obrigaram a vários encerramentos temporários para reconstrução, os Passadiços do Paiva localizam-se na margem esquerda do Rio Paiva, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro. Proporcionam um passeio na natureza, rodeado de paisagens de grande beleza, num autêntico santuário natural, junto a descidas de águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa. O percurso estende-se entre a praia fluvial do Areinho e ponte de Espiunca, encontrando-se, entre os dois pontos, a praia do Vau. Uma viagem pela biologia, geologia e arqueologia que ficará, com certeza, no coração, na alma e na mente de qualquer apaixonado pela natureza.
Esta era uma zona praticamente selvagem, só explorada pelos mais aventureiros através da descida das águas límpidas e bravias do Paiva. Com os passadiços ficou a dispor de todos.
Mas não de qualquer forma, os passadiços foram construídos de maneira exemplar, conseguindo um equilíbrio perfeito com a natureza. Em vários troços estão perfeitamente "camuflados" quer na montanha, quer na vegetação.
Os Passadiços do Paiva rapidamente se tornaram famosos, tendo conquistado diversos prémios internacionais de turismo e criado a "moda" dos passadiços em Portugal. E se fazer os passadiços era uma experiência fantástica, agora ainda ficou melhor.
Em 2021, foi inaugurada, sobre o Rio Paiva, a maior ponte pedonal suspensa do mundo, com um vão de 516 metros, uma altura de 175 metros e uma largura do tabuleiro de 1,20 metros.
A ponte foi batizada «Arouca 516» precisamente devido à sua extensão.
Existe um limite de entradas diárias nos Passadiços do Paiva. Uma medida inteligente e necessária para evitar multidões nos passadiços. Não colocando em causa a segurança da estrutura e ao mesmo tempo garante-se uma boa experiência a todos os visitantes, evitando a sensação de se estar num centro comercial num Domingo à tarde.
Como no verão e fins de semana existe a tendência dos bilhetes esgotarem, é possível e aconselhável efetuar a reserva online através do site www.passadicosdopaiva.pt/ ou em 516arouca.pt/
A entrada pode também ser adquirida para praia fluvial do Areinho (uma das entradas) no próprio dia, mas com o risco de indisponibilidade e ao dobro do preço.
O percurso dos Passadiços do Paiva é linear, com extensão de 8700 metros e tem o seu início/fim ou na praia fluvial do Areinho ou na ponte de Espiunca. Ambos os pontos de partida têm parque de estacionamento e infraestruturas de apoio, como sejam bar, casas de banho e “praça de táxis”.
De forma a escolher o melhor ponto de partida a primeira questão a que deve responder é se pretende fazer o percurso só num sentido ou se prefere fazer ida e volta.
Fizemos ida e volta (são quase 18 km) mas avisamos já que é percurso para todo o dia e é muito exigente.
Fomos no verão, num dia com mais de 30 graus (evitar os dias de muito calor), estacionámos no parque de estacionamento perto do Areinho (desconhecíamos existir estacionamento junto á praia), o que nos obrigou a mais 2 km a pé (que no regresso foram um sacrifício imenso).
Por este lado, enfrentamos logo os quase 500 metros a subir (pela fresca) e depois é quase sempre a descer, o que nos permitiu recuperar o folego e desfrutar calmamente da paisagem. O regresso é que foi pior!
Na praia do Vau podemos dar um mergulho, retemperar o termóstato e energias. Um pouco antes existe uma pequena ponte suspensa mas a sua travessia não é obrigatória.
Água e comida leve, são obrigatórias, embora existam bares em cada uma das entradas/saídas.
Muitas pessoas optam por entrar no Areinho e apanhar um táxi na Espiunca para regressar. Regra geral são 15 € por trajeto. Algumas vão apenas até á praia fluvial do Vau e regressam.
Pontos de interesse:
Ponte de Alvarenga;
Garganta do Paiva;
Cascata das Aguieiras;
Praia Fluvial do Vau;
Ponte Suspensa (que não a 516 Arouca);
Gola do Salto;
Falha de Espiunca.
A visita à Ponte 516 Arouca pode ser feita quer pelo Areinho, via Passadiços do Paiva, quer pelo lado oposto, em Alvarenga, lugar de Albisqueiros a um tempo estimado de 20 minutos a pé.
Situada a sul de Vale de Cambra, a Serra do Arestal apresenta uma altitude máxima de 830 metros, avistam-se paisagens deslumbrantes que incluem o litoral, de Espinho até à serra da Boa Viagem, e o interior montanhoso, da serra de Montemuro até à Serra da Estrela. Faz parte do Maciço da Gralheira, juntamente com a Serra da Arada, São Macário e Freita.
A primeira paragem é na aldeia de Vilarinho e na Cascata de Água D'Alte. Seguindo pela Rua Central até um caminho de terra batida. A partir desse local são 300 metros sempre a descer (depois é preciso subir) até a uns pequenos passadiços que nos levam até à Cascata.
Um pequeno paraíso escondido no meio da floresta.
De seguida vamos balouçar. Primeiro no Baloiço Terra e Mar e depois no Baloiço do Rio.
Ao viajar ao longo da EN 16, um elemento notável surge-nos por entre as curvas à beira Vouga: A Ponte do Poço de S. Tiago, projeto de engenharia monumental, com os seus 165m de comprimento, com o arco central de 55m de vão e 28m de altura. Construída entre 1912 e 1913, com projeto de Paul Sejourné e orientação de François Mercier, ambos franceses, é considerada a mais alta ponte de alvenaria do país. Integrada na Linha do Vale do Vouga, que ligava Espinho a Viseu, esta linha ferroviária era também conhecida por Linha do Vale das Voltas, pelas suas sucessivas curvas sinuosas. Por aqui circulava o “Vouguinha”, o comboio a vapor, que depois passou a diesel. A 1 de Janeiro de 1990 a linha foi encerrada definitivamente, entre Sernada e Viseu.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Ponte do Poço de S. Tiago
No século XXI, o canal ferroviário, dentro do concelho, foi convertido numa ecopista ciclável, Ecopista do Vouga, e a velha estação de Paradela transformada para apoio aos visitantes, com bar e aluguer de bicicletas.
Ecopista do Vale do Vouga, com 10 km lineares, com início no Lugar da Foz, ao lado da foz do Rio Mau, a Ecopista segue para Norte sempre paralela ao Rio Vouga e à EN16. Atravessa a Ponte do Poço de Santiago – verdadeira obra monumental; passa o edifício da antiga Estação da Paradela, e continua até aos limites do concelho com Oliveira de Frades, em Fontelas.
A Cascata da Cabreia, formada pelas águas do Rio Mau, tem uns incríveis 25 metros de altura e a sua piscina natural é um verdadeiro paraíso.
O PR 2.1, é um percurso pedestre de 3,5 km de extensão. O trilho leva-nos a algumas das zonas mais bonitas do luxuriante bosque onde se insere a Cascata da Cabreia.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Cascata da Cabreia
Também conhecida por Cascata da Frágua da Pena, a Cascata da Fílveda despenha-se do alto de mais de 40 metros em sucessivas quedas de água, constituindo uma das mais belas e imponentes cascatas das Montanhas Mágicas. A acrescentar à beleza das quedas de água o vale conserva ainda o bosque primordial, constituindo um refúgio por excelência dos carvalhais e bosques caducifólios que têm vindo a perder terreno para as plantações de pinheiros e eucaliptos. Para aceder à cascata é necessário percorrer um caminho estreito e irregular, com cerca de 1000 metros até chegar a uma escadaria com 70 degraus, a qual acompanha, lado a lado, as quedas de água desde o topo até à base. Pena que o acesso não esteja melhor conservado.
A viatura fica no local indicado no GoogleMaps como estacionamento da Cascata da Filveda e depois são cerca de 1000 metros até à Cascata.
Guia e Roteiro para Visitar as Montanhas Mágicas - Cascata da Filveda
Nota: De referir que este Guia e Roteiro Visitar Montanhas Mágicas (como os outros) pretende ser apenas um guideline e não para ser obrigatoriamente cumprido à risca. Cada visitante pode acrescentar ou retirar locais, fazer em mais ou menos dias. Numa escapadinha de um ou vários dias. E, claro, estamos disponíveis para ouvir conselhos e dicas para melhorarmos os nossos roteiros!