Os pequenos e fotogénicos elétricos amarelos levam os turistas numa viagem no tempo pelos bairros históricos de Lisboa.
Com o passar dos anos o velhinho elétrico da Carris tornou-se um ícone da cidade e milhares viajam, diariamente, na suas carruagens.
O som da sua tradicional campainha, acompanhado do chilrear dos travões, anuncia a sua chegada, os turistas, numa imensa fila, agitam-se e precipitam-se para subir a bordo. Sobem os degraus, sentam-se num dos seus bancos corridos, abrem as janelas e apreciam um verdadeiro desfile de monumentos, estátuas, calçadas e ruas estreitas, os miradouros, as praças, os prédios coloridos ou cobertos de azulejos e os tradicionais bairros. Observam os turistas na rua, que se atravessam à frente do elétrico para a foto da praxe ou as vizinhas que conversam á janela enquanto estendem a roupa em cordas improvisadas.
Inaugurado em 1914, o mítico 28 desloca-se entre a Graça e os Prazeres, num percurso que percorre bairros históricos, sobe à Graça, desce a Alfama, visita a Sé, atravessa a Baixa, sobe o Chiado e a Estrela e termina em Campo de Ourique. Uma verdadeira volta a Lisboa, pelo seu centro histórico e bairros tradicionais!
Locais e conteúdos - Guia e Roteiro Visitar Lisboa - Eléctrico 28:
A viagem do 28 começa no Martim Moniz (praça que homenageia um dos cavaleiros de Afonso Henriques, crucial na conquista do castelo de São Jorge aos mouros) e segue em direção aos Anjos, pela Rua da Palma.
Aos pés da Mouraria, o Intendente deixou os dias da má fama e das meninas da rua para trás e tornou-se num dos locais mais interessantes desta zona da cidade.
O 28 passa ao lado da Hotel 1908 (um dos mais marcantes edifícios da cidade) e do seu Infame restaurante (a lembrar outros tempos do Intendente).
A Casa da Viúva Lamego com os seus ornamentados azulejos é também de passagem obrigatória.
O bonde ou bondinho como dizem os turistas brasileiros, sobe á Graça, onde dos seus miradouros (Senhora do Monte, da Graça e do Jardim da Cerca) temos uma vista privilegiada da cidade menina e moça.
Por calçadas e ruas estreitas passa pela Igreja de São Vicente de Fora e chega a Alfama, ao Largo das Portas do Sol e Miradouro de Santa Luzia. Desce em direção à baixa, passando pela Sé e pela Igreja da Madalena.
Atravessa a baixa pela Rua da Conceição, transversal às mais conhecidas Augusta, Ouro ou Prata. A meio caminho entre o Rossio e o Terreiro do Paço.
Sobe ao Chiado, passa no Teatro Nacional de São Carlos, cruza-se com a Brasileira e atravessa a Praça Luis de Camões.
Um dos mais tradicionais bairros de Lisboa onde o 28 se cruza com o seu "primo", elevador da Bica e desce a Calçada do Combro até à Estrela, passando no templo da democracia, o Palácio de São Bento.
O jardim e a basílica são os cartões de visita desta freguesia. A subida ao terraço da igreja é uma excelente forma de apreciar o Tejo e a margem sul. No interior o presépio composto por quase 500 peças, é um dos maiores do país, medindo cerca de cinco metros de largura por quatro de altura (e mais três metros de profundidade).
Foi criado pelo artista Machado de Castro, a pedido da rainha D. Maria, e foi o primeiro em Portugal a incluir a adoração dos Reis Magos.
Foi por um triz que o bairro de Campo de Ourique não foi devastado pelo terramoto e tsunami de 1755, nessa altura nasceu a expressão "resvés Campo de Ourique".
Um bairro jovem e familiar onde encontramos inúmeras lojas e comércio local. Vários espaços verdes, como o jardim da parada e monumentos como a Igreja do Santo Condestável.
Nota: De referir que este guia e roteiro de Lisboa (como os outros) pretende ser apenas um guideline e não para ser obrigatoriamente cumprido à risca. Cada visitante pode acrescentar ou retirar locais, fazer em mais ou menos dias. Numa escapadinha de um ou vários dias. E, claro, estamos disponíveis para ouvir conselhos e dicas para melhorarmos os nossos roteiros!